Não adianta ficar reclamando dos tombos.
Eles aconteceram e eu estou de pé.
Um pouco machucada e com algumas cicatrizes,
mas seguindo em frente.
Diminuí a intensidade dos meus passos,
mas ainda não aprendi a olhar por onde piso.
Falta-me humildade.
A necessidade de andar de cabeça erguida
não me deixa observar o lugar certo de colocar meus pés.
Por isso escorrego em lamas,
chuto lixeiras e tropeço em barreiras.
Quero me aproximar das nuvens,
quero viver o mundo dos meus sonhos
e isso me afasta do chão,
e os tombos são mais altos e mais intensos...
quero flutuar!
Parei de chorar!
Ainda não entendi se me acostumei com as quedas,
mas elas doem menos
ou o fato de aceitá-las tomou conta da vida,
mas me parece normal cair como é normal dormir e acordar.
Talvez não saiba o que é conforto,
por isso ele parece não existir.
Excede-me o orgulho.
Não me permito trocar os sorrisos pelas lágrimas...
quero gritar!
Torno-me cada dia mais ingênua e confiante.
Acredito nas pessoas, mas o peso do meu coração,
hora cheio de decepções,
hora cheio de esperanças,
sempre me leva ao chão.
Consigo ser ingênua a ponto de me enganar com minhas ilusões e esperanças.
No fim, já não sei se é ilusão ou autodefesa.
Não sei no que acredito ou não,
no que quero ou não acreditar.
Causa-me dor.
Parece que “cresço pra trás”...
quero acreditar!
E por fim, amo o AMOR cada dia mais.
Porque esse eu posso dar sem receber.
Não preciso comprá-lo ou ganhá-lo.
Posso apenas fortalecê-lo através da fé.
É gratuito e não me engana.
Não me faz sentir pior, ou melhor, que ninguém.
Não se alimenta de vaidade.
É puro, verdadeiro, sincero.
Não é conveniente.
Não mente.
Não se aproveita das minhas fraquezas.
O amor é o melhor que tenho em mim.
É o que me permite perdoar e aceitar tudo.
É cicatrizante. E é ele que não me deixa desistir nunca.
De nada...
quero viver!
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