Eu queria entender e explicar os sentimentos que me movem.
Queria entender e explicar os sentimentos que movem os que me rodeiam.
É impressionante como posso ser tão forte e tão vulnerável.
Sou capaz de ajudar, abraçar quem precisa de carinho, amar fraternalmente, não desejar mal a quem o tenha feito a mim, sorrir sempre.
E sou capaz de desmoronar com uma maldade, sofrer com uma decepção,
me frustrar por não atenderem as minhas expectativas,
gritar quando preciso de atenção e carinho.
É uma mistura de fortaleza e fragilidade.
Eu queria entender quem consegue ser apenas um deles.
Nas estradas que percorri,
encontrei muita gente boa e muita gente má.
Perdi minha fé, encontrei-a novamente e renovei-me.
Sonhei com o impossível, amei o inevitável.
Desiludi, perdi esperanças, adquiri força, segui em frente e cheguei aqui.
Criei barreiras emocionais,
não me permiti apaixonar ou amar,
me escondi atrás de um muro que só eu percebia sua existência.
Calei-me quando precisava falar.
Falei quando precisava calar.
Deixei a vida me levar, sem perceber pra onde ia.
Como se fosse o rio correndo pro mar.
Deixei de acreditar que existem pessoas boas
e passei a crer que todos sempre tinham um interesse.
A pureza de sentimentos passou a ser coisa do passado.
Preferi prevenir e vivi na defensiva.
Falei de amor, não o que eu recebia,
mas o que eu queria receber.
Falei de dor, a que eu sentia e não a que eu fazia que sentissem.
Fechei os olhos e o coração, por medo, insegurança, orgulho, vaidade
ou simplesmente para seguir o caminho mais fácil.
Abri mão de muitas coisas... e pessoas.
Mudei?!
Da noite para o dia.
De repente passei acreditar
que ainda existem pessoas boas e que tenham “bom coração”,
ou que tenha vivido experiência suficiente para aprender a ter respeito ao próximo.
Conhecer pessoas que tenham as mesmas idéias e valores,
me fazem acreditar que há esperança...
Que ainda posso sonhar...
Que ainda posso viver o amor,
mas não o amor em sua simplicidade.
O amor que eu acredito.
O amor que eu construo.
O amor que eu quero dar e receber.
Nenhum comentário:
Postar um comentário