terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ajuda-me, PAI!


Porque é sempre assim...
Quando eu penso que encontrei alguém pra cuidar de mim, 
a vida trata logo de me passar à perna 
e mostrar que é sempre o outro que precisa de cuidados.
O que será que “ela” quer me mostrar com isso?
Um dia, ouvi a seguinte frase:
“Não se preocupe em ser feliz, 
alimente-se apenas de fazer o outro feliz”.
Então esta é a minha sina...
E este é o significado da minha existência...
Será que esta sorte não me permite precisar de cuidados?
Tudo bem, eu gosto de cuidar 
e é este magnetismo que existe em mim 
que atrai as pessoas que precisam de cuidado.
Obrigada Senhor pelo DOM, 
mas o Senhor poderia então cuidar de mim 
e tirar este aperto do meu coração!?
Peço com todo o amor e fé que existem em mim.
Peço porque esta agonia me impede de doar mais do que estou doando.
Quero poder sorrir sinceramente 
e me dedicar à ‘cura’ do próximo.
Farei de qualquer maneira, 
mas esta dor que me invade tem me atormentado.
Quero dormir, quero descansar, 
quero me desligar por 10 minutos.
Estou sem energias.
Preciso recuperá-las.
Ajuda-me, PAI!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Alívio


Eu queria entender e explicar os sentimentos que me movem. 
Queria entender e explicar os sentimentos que movem os que me rodeiam. 
É impressionante como posso ser tão forte e tão vulnerável. 
Sou capaz de ajudar, abraçar quem precisa de carinho, amar fraternalmente, não desejar mal a quem o tenha feito a mim, sorrir sempre. 
E sou capaz de desmoronar com uma maldade, sofrer com uma decepção, 
me frustrar por não atenderem as minhas expectativas, 
gritar quando preciso de atenção e carinho. 
É uma mistura de fortaleza e fragilidade. 

Eu queria entender quem consegue ser apenas um deles.

Nas estradas que percorri, 

encontrei muita gente boa e muita gente má. 
Perdi minha fé, encontrei-a novamente e renovei-me. 
Sonhei com o impossível, amei o inevitável. 

Desiludi, perdi esperanças, adquiri força, segui em frente e cheguei aqui.

Criei barreiras emocionais, 

não me permiti apaixonar ou amar, 
me escondi atrás de um muro que só eu percebia sua existência. 
Calei-me quando precisava falar. 
Falei quando precisava calar. 
Deixei a vida me levar, sem perceber pra onde ia. 
Como se fosse o rio correndo pro mar. 
Deixei de acreditar que existem pessoas boas 
e passei a crer que todos sempre tinham um interesse. 
A pureza de sentimentos passou a ser coisa do passado. 

Preferi prevenir e vivi na defensiva.

Falei de amor, não o que eu recebia, 

mas o que eu queria receber. 
Falei de dor, a que eu sentia e não a que eu fazia que sentissem. 
Fechei os olhos e o coração, por medo, insegurança, orgulho, vaidade 
ou simplesmente para seguir o caminho mais fácil. 

Abri mão de muitas coisas... e pessoas.

Mudei?! 

Da noite para o dia. 
De repente passei acreditar 
que ainda existem pessoas boas e que tenham “bom coração”, 
ou que tenha vivido experiência suficiente para aprender a ter respeito ao próximo. 
Conhecer pessoas que tenham as mesmas idéias e valores, 
me fazem acreditar que há esperança... 
Que ainda posso sonhar... 
Que ainda posso viver o amor, 
mas não o amor em sua simplicidade. 
O amor que eu acredito. 
O amor que eu construo. 
O amor que eu quero dar e receber.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Escrever, escrever, escrever...


Ainda que tenha dúvida de qual assunto mais me fascina 
e do que realmente me emociona, 
definitivamente não me canso de escrever. 
É como se tivesse alimentando após um longo dia sem comer 
e consumindo muita energia. 
Não me importa o meu estado de espírito 
e muito menos os acontecimentos do dia. 
Esta é a primeira vez que escrevo sem rascunho. 
Simples assim! 
Entrei aqui e tive vontade de escrever. 
O que sinto hoje não importa. 
Talvez ao ler este texto depois, 
não consiga me lembrar o que se passava em minha mente e coração 
no momento de sua redação. 
De repente as palavras saem, 
sem pensar em nada, 
sem lembrar da noite perfeita de sexta-feira, 
ou do fim de semana com a família. 
Sem pensar em amores e amigos, 
sem destinar minhas palavras a alguém mesmo que fictício, 
como já fiz várias vezes. 
Escrevo pra mim porque estou com fome de palavras. 
Escrevo para libertar os meus dedos ao tocarem o teclado. 
Talvez volte atrás e faça uma breve verificação ortográfica, 
talvez não. 
Não quero insinuar nada a ninguém, 
não quero falar de flores e cheiros. 
Quero apenas palavras, 
libertação, 
GRITOS. 
Quero me alimentar, 
mas alimentar pouco para que amanhã volte a escrever 
e depois escrever mais. 
Quero escrever 1000 vezes mais do que leio. 
Enfim, quero a paz que a redação me traz. 
Quero dormir com a sensação de ter deixado mais alguma coisa de mim por aqui. 
E quero sonhar com novas palavras; 
e escrever enquanto durmo; 
e sonhar enquanto escrevo. 
Quero amar cada letra, 
cada palavra, 
cada frase, 
assim como amo tudo nessa vida. 
Até mesmo as minhas decepções. 
Assim como amo matemática. 
Mas talvez mais do que amo a mim! 
Agora, quero dormir!