sexta-feira, 28 de junho de 2013

aprendendo a amar


desculpe
se nem sempre seus olhos dizem o mesmo que sua boca
nem sempre suas mãos me causam os mesmos arrepios
nem seus passos me passam a mesma segurança

desculpe
se por vezes minhas angustias falaram mais sobre mim do que eu gostaria
se eu me escondo quando tenho medo da verdade
ou das mentiras que não estou disposta a ouvir

desculpe 
se meu silêncio te magoa ou traz dúvidas
ou se quando falo as palavras não se fazem entendidas
e que quando falo muito, ou muito alto é por querer respostas demais

desculpe 
se coloco meus sonhos e anseios em suas mãos
se exijo demais, espero demais
mas ainda não sei andar na mesma direção que você
nem no mesmo ritmo

desculpe
mas eu, 
que sempre vivi de amor ou por amor
agora me vejo novamente 
aprendendo a amar

quarta-feira, 19 de junho de 2013

apenas hoje


hoje 
apenas hoje
eu queria dar um passo mais longo que minhas pernas
eu queria mudar meu mundo
sair correndo 
e gritando como louca
extravasar

hoje 
apenas hoje
eu queria mudar meu destino
esquecer minhas metas
e meus medos
viajar

hoje
apenas hoje
eu queria ser cupido
e unir os que se amam
e se afastaram por orgulho
ou deslealdade
servir

hoje
apenas hoje
eu queria voltar a ser criança
e jogar bola na rua
brincar de pique-esconde
amarelinha
divertir

hoje
apenas hoje
eu queria gritar que amo
e pular de felicidade
e cantar alto
e abraçar apertado
libertar-me

segunda-feira, 10 de junho de 2013

sexta-feira


se for pra viver
que seja por completo
com dias lindos
emoções intensos
sol caliente
lua cheia

se for pra viver que seja sem medo
com amor
sem dor
na rua, na chuva
sem deixar nada pra depois

se for pra viver
que seja para sempre
com ousadia
todos os dias
de noite
e de dia

se é pra viver que seja imediato
que dure um dia
uma hora
uma vida
ou apenas uma sexta-feira
mas que seja por inteiro

de olhos fechados


hoje chove lá fora
e aqui dentro ecoa o silêncio das minhas dúvidas
não sinto dor
mas assusto-me com a pouca distância existente entre um suspiro e outro
fecho os olhos e procuro as imagens que desejo
mas o que vejo são apenas as interrogações que me invadem a alma
e mesmo com o coração aos pulos
percebo que o que há em mim
é apenas medo
medo das respostas às perguntas que sequer sou capaz de fazer