sexta-feira, 30 de abril de 2010

Amores e dores


Ah... como é fácil falar de amores! 

É como vozes naturalmente bonitas
Que ecoam com facilidade, sem força

Ah... como é difícil falar de dores! 
É como estar trancado em quatro paredes
Do lado de fora ninguém vai escutar. 
Gritar, de nada adiantará

É fácil sorrir... 
Parece foto de porta retrato, está sempre lá.
Ilumina, alegra, aquece, envolve... 
Tristeza! Não sai...
Fica aqui dentro de mim. 

Não consigo chorar, 
não consigo me expressar
De nada adianta ser assim. 
A vida vai passando, as dores vão sarando

O que resta? 
O sorriso de foto de porta retrato. 
Aquele que levo todos os dias comigo. 
Traduzir isso é fácil. 
Fica bem no meu olhar, 
porque o sorriso pode passar despercebido, 
mas os olhos não mentem, 
os olhos traduzem os amores, as dores, a vida! 

Difícil é encontrar quem tenha sensibilidade para reconhecê-lo.
Desistir?! 
Não!!! 
Eu sei que ELE vai existir...

Momento


Hoje, saber que meu coração bate por alguém é o suficiente
Saber que posso tremer, por um simples beijo
Sim! Um simples beijo
O leve toque dos lábios em meu rosto
O toque das mãos em minha nuca
O jeito de falar
Sentir que meus olhos brilham
Ah! Como é bom amar os detalhes
Sorrir sozinha, com cara de boba
Imaginar uma vida completa
Sonhar com um futuro melhor
Acreditar que é possível amar!
Sentir-me iludida, como se não conhecesse a vida
Esperar, ansiosa, por mais um encontro
Ser intensa, ousada, contida
Ser simplesmente... EU
Sem medos do passado, do presente, do futuro
Quero apenas viver cada segundo desta história
Sorrindo como boba
Ousando como louca
Esperando o próximo instante

Desejo



Hoje te vi de longe!
Suas mãos estavam em destaque.
Os quadros de vidros que dividiam as portas que nos separavam 
mostravam pequenos detalhes do seu corpo.

Mas as mãos estavam em destaque.
Os dedos manuseavam os papéis com firmeza.
Seu rosto abaixado me mostrava um perfil sereno 
e um pequeno sorriso surgiu 
fazendo seus olhos ficarem ainda menores.

Ao fechar a gaveta seus braços ficaram bem torneados.
Virou-se e ao vê-lo de costas pelo primeiro quadrante de vidro, 
percebi o quanto sua nuca é desenhada e fascinante.

Desejei tocar-te.
Balancei a cabeça tentando afastar este pensamento.
Contive-me.

Ah! Como sonho com o toque de suas mãos 
e o calor de seus braços!
Como desejo beijar-te a nuca!
Como desejo dividir-me com você!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Certezas


Ainda que não tenha sentido 

o toque de suas mãos, 
o gosto dos seus beijos, 
o calor do seu abraço 
e o cheiro do seu corpo. 

Mesmo que não tenha sentido a sua respiração 
e não tenha sentido as batidas do seu coração, 
não tenha escutado palavras ditas pela sua bela voz. 

E ainda que não tenha você por perto, 
que não tenha sua atenção 
e que não divida meus momentos. 

Mesmo não tendo sua presença, 
seu amor, seu calor, não sinto dor, 
porque sei que está perto, 
porque acredito que nossos caminhos se encontrarão.

Não tenho pressa, não tenho medo.
Tenho certezas...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Basta



Basta saber que o viver é diário, 
que o tempo é remédio, 
que a dor tem cura, 
que os sonhos podem se tornar realidade, 
que os dias são diferentes.
Basta sentir o vento, 
acordar com a luz do dia, 
dormir com a luz da lua, 
aquecer-se no calor de um abraço.
Basta ser livre...
Ser livre dos preconceitos, 
dos pensamentos ruins, 
do ódio dos outros.
Basta saber que os amigos existem, 
que a simplicidade de um olhar alimenta a alma, 
que um simples sorriso acelera o coração
Basta ousar... Arriscar... Amar...
A mim, basta ter vivido cada segundo com intensidade, 
ter sorrido, chorado, sofrido, crescido.
Basta querer viver tudo de novo, 
basta dividir momentos, 
distribuir sorrisos.
Basta ser um pouco de cada um
que faz, fez ou fará parte da minha história!